domingo, 14 de julho de 2019

Mar adentro

É nos dias de sol que a tua falta mais se sente, mãe. Tanto sem ti para partilhar, sabe a dor.

Uma dor fininha, de estilete, naquele lugar onde habitas para sempre. 
Um alfinete.
Só a lembrar que já não estás. E que a vida não terá a mesma cor, nem o cheiro doce das mangas maduras, nem o sabor do caramelo feito na altura.

A vida segue. Cheia de faltas. 

2 comentários:

Charlotte disse...

❤️

Rita Roquette de Vasconcellos disse...

Fizeste-me lembrar a minha mãe que por causa do Alzheimer se ausentou em vida. Às vezes ela aparece nas ondas rádio da "Bose" ou quando encontro um objecto perdido.
As folhas secas que guardei do dia em que ela deixou o corpo ainda lá estão quietas mas a sua alma sopra-me aos cabelos muitas vezes.
Rio-me quase sempre