domingo, 27 de janeiro de 2013

das chegadas e outras visitas


Chega o novo ano sem surpresas. Vem a passo, como sempre, a seguir ao 31 de Dezembro. Faz um clique discreto à passagem das zero horas e nada mais.
A euforia é dos outros. Dos que gritam surdos de raiva ou esperança, de ilusão ou desepero, dos que acendem luzes, tocam cornetas ou disparam tiros que teimam em acertar nos filhos de alguém. De equívoco em equívoco, os comentadores de rua vão dizendo que o novo ano nada traz de bom, que a vida vai ser muito pior e vaticinam os horrores vindos da Europa, encharcando-me de um pessimismo que sabe a lama.

Limpo-me como posso, e olho mais além, com a tranquila convicção de que o ano que me traz um filho não poderá ser assim.






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